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Paulinho Rahs

Poesia Que Cura A Alma

Categoria

Crônicas e Textos

A cura da minha loucura

Acredito que a minha loucura ainda não tenha cura.
Não dependa de medicina ou um doutor pra me dizer o que é que eu preciso fazer para ser normal como os outros.

Sou assim desde criança. Me sinto diferente da maioria. Me sinto desajustado, deslocado, como se eu pertencesse a outro lugar.

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Prisioneiro da culpa

Culpa. Culpa. Culpa.

Silêncio na noite.
Só o barulho de um relógio que parece se arrastar:
Tic. Tac.
Tic…
Tac…
E eu só ouço:
Culpa. Culpa.
Culpa…
Culpa…

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Carta aberta a cada pessoa que machuquei

Eu já fiz coisas que condeno, tive atitudes que desprezo quando vejo em alguém, fui o chato da festa, o amigo ruim, o namorado tóxico, o filho ingrato.
Sim, eu fui tudo isso. E dói muito admitir.
Dói, mas admito. Demorou, mas hoje eu reconheço.

Acho que passei muito tempo em negação, vivendo em um mundinho colorido de faz de conta, ignorando meus erros e as partes mais sombrias de mim como quem passa todos os dias pelo mesmo mendigo na rua das grandes cidades e prefere fazer que não o vê.

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Quando amar é recíproco.

Você dorme ao meu lado enquanto eu dirijo voltando pra casa.
Te vejo sonhando e eu sonho acordado. Afinal, às vezes fica difícil conseguir entender se é realidade ou fantasia tudo que a vida me trouxe através de você.

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Quando eu vejo alguém jogando a vida fora

Sempre que eu vejo alguém que tem tudo pra ser feliz mas mesmo assim consegue jogar as oportunidades fora, sabe o que eu tenho vontade de fazer?
Eu tenho vontade de chegar nessa pessoa, olhar no fundo dos seus olhos e aí dar um abraço bem apertado nela e dizer:
– Eu também já fui assim!

É. E quando me dei por conta que eu era exatamente desse jeito, eu tinha vontade de me pegar pelo pescoço, me dar uns tapas na cara e falar:
– Cara, que m**** foi essa que tu andou fazendo com a tua vida?

Mas com o passar dos anos eu entendi que viver com culpa, com rancor de si mesmo, é a pior estratégia para colocar a casa em ordem.

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Acabou a minha pressa

Acabou a minha pressa.

Desde que eu consigo me lembrar, vivo correndo e com pressa.

É tudo pra agora, pra hoje.

Não. Na real é pra ontem!

Acelera aí, pô! Eu tenho que chegar logo.

Chegar logo nos 18, chegar logo na faculdade, largar logo esse curso chato, ir morar logo sozinho, viajar bastante – e logo!

Ficar rico antes dos 30, famoso até os 25, ser respeitado no máximo amanhã e bem sucedido pra hoje – custe o que custar.

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Pra você que perdeu um grande amor

Este texto é pra você que, assim como eu, perdeu um grande amor.

O chão desabou. O mundo virou de ponta-cabeça. Não existe explicação ou remédio que atenue o vazio. Se eu te disser:

– Calma, você não tá sozinho. Tem mais gente passando por isso. – sei que de nada vai adiantar.

Então, não estou aqui pra tentar mascarar a tua dor e te dizer que logo vai passar, por que isso seria mentira. Acho que o melhor que eu posso fazer é te contar a minha história. Tenho certeza que você vai se enxergar nela e entender as coisas que tô querendo te dizer.

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Beleza todo mundo vê. Mas quem vê a essência?

Sabe quando você volta a ver uma pessoa que foi a sua paixão depois de muito tempo?
Foi o que aconteceu comigo hoje pela manhã.

Eu vinha voltando do mercado quando, de dentro do carro, vi ela caminhando na mesma rua que morava naquela época. Notei que seu cabelo está diferente – acho que aquele corte está na moda entre as meninas. Reparei também que o seu olhar seguia hipnotizante – acho que aquele olhar nunca vai sair de moda entre os meninos.

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Eu já te superei, mas…

Acordei com uma ressaca monstruosa – mas ontem eu nem bebi.
A vizinha do apartamento de cima sempre faz faxina nas sextas. E entre o “toc-toc” dos passos – por Deus, quem é que limpa a casa de tamanco? – e o barulho incessante do aspirador, por baixo um rádio chiado tocava aquela música que todo mundo já sabe de cor:

– Eu jáááááá te supereeeeeei..

Levantei com a cabeça ainda latejando e fui buscar uma aspirina no armarinho de remédios. Abri uma rede social, direito nem lembro qual, pois todas estão ficando tão parecidas nestes dias.
Sei que dei de cara com uma menina que eu nem seguia, fazendo uma coreografia ensaiada da mesma música aquela.

– Certeza eu supereeeeeeei…

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