Eu ainda te amo. Tá difícil de entender? Será que eu preciso desenhar ou talvez me jogar no chão, na sua frente, rasgar roupa, fazer birra.
Não, pera. Isso não vai adiantar né? Eu imaginei. Esse negócio de agir como adulto maduro não me cabe muito bem. É que por dentro o meu emocional tá como uma criança de cinco anos mesmo, birrenta e necessitada de atenção.
Fogo mesmo é que se for pra esperar atenção vinda de você, melhor esperar sentado – disso eu sei.
Eu ainda te amo.
Só que quando eu tentei dizer isso pro meu coração, ele fez que nem me ouviu. Puxa vida, eu já não sei mais o que fazer. Será que algum dia eu vou aprender a viver sem você?
No fundo eu acho que não é nem amor mais que eu sinto por ti. Isso virou dependência. E como viciado que me tornei, preciso ser internado pra me limpar. Limpar de dentro da minha mente a sua imagem que reaparece sempre que eu fecho os olhos.
Quanto mais eu penso em te esquecer, mais eu penso em você. Quando eu acho que tô fazendo algum progresso, é na verdade regresso: é você voltando em sonho e pensamento pra me atormentar. Será que um dia isso vai acabar?
Só sei que faz tanto tempo que o meu coração tá ferido que eu já tô achando que essa cicatriz não sai mais. Eu já nem quero ter paz ou mesmo entrar na tua dança.
É que eu ainda te amo e simplesmente não consigo matar a minha esperança.
Paulinho Rahs
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