Culpa. Culpa. Culpa.
Silêncio na noite.
Só o barulho de um relógio que parece se arrastar:
Tic. Tac.
Tic…
Tac…
E eu só ouço:
Culpa. Culpa.
Culpa…
Culpa…
Culpa. Culpa. Culpa.
Silêncio na noite.
Só o barulho de um relógio que parece se arrastar:
Tic. Tac.
Tic…
Tac…
E eu só ouço:
Culpa. Culpa.
Culpa…
Culpa…
Se a sua vida parece que era melhor no passado,
se você anda passando mais tempo parado
pensando no ontem mais do que no hoje,
essas palavras são pra você.
Nos domingos, desligue-se das redes sociais.
Menos ansiedade, menos tristeza,
menos comparação com a vida alheia.
E menos da impressão de que todo mundo
é mais feliz que você.
Ironicamente esse texto chegou
pra você ler ou assistir
justamente através de uma rede social.
Mas ok, não faz mal.
Ignoremos essa ironia
e vamos voltar a falar de um dia
pra desintoxicar um pouco a sua cabeça.
Eu escrevi essas palavras
justamente numa tarde ensolarada de domingo
preso em casa, podia estar dormindo
que até isso me faria melhor,
mas acontece que eu só me sentia cada vez pior
rolando a tela do celular sem parar.
Mesmo que eles insistam em falar de você
ainda bem que a vida é sua
e que você é livre para fazer o que bem entender.
Então que falem, que abram a boca
que pelas suas costas digam
o que nunca diriam na sua frente.
Porque a realidade, minha gente,
é que só te afeta aquilo que você permitir te afetar.
Depois que eu te encontrei
nunca mais fui a mesma pessoa.
Depois que eu te encontrei
minha vida só ficou boa.
Depois que eu te encontrei
mudar pra melhor deixou de ser uma promessa.
Depois que eu te encontrei
perdi toda aquela pressa.
Sempre que você deixa de fazer algo
por medo do que os outros vão dizer,
lamento ter que informar
mas só quem perde é você.
Por causa da covardia deles
não seja você um covarde.
Pois o preço dessa atitude
se paga quando for tarde.
Esse ano eu aprendi
tantas coisas doloridas,
que tenho certeza que vivi
em um só ano muitas vidas.
Tive que encarar de frente
a dor da despedida
e descobri o quanto machuca
quando é no coração a ferida.
Eu já fiz coisas que condeno, tive atitudes que desprezo quando vejo em alguém, fui o chato da festa, o amigo ruim, o namorado tóxico, o filho ingrato.
Sim, eu fui tudo isso. E dói muito admitir.
Dói, mas admito. Demorou, mas hoje eu reconheço.
Acho que passei muito tempo em negação, vivendo em um mundinho colorido de faz de conta, ignorando meus erros e as partes mais sombrias de mim como quem passa todos os dias pelo mesmo mendigo na rua das grandes cidades e prefere fazer que não o vê.
Continuar lendo “Carta aberta a cada pessoa que machuquei”Me dói pensar que talvez
o vilão de algumas histórias sou eu.
Se na minha jornada eu sou o herói
na de outras pessoas sou aquele que se perdeu.
É engraçado,
mas a gente sempre acha que está certo.
Faz coisas que se arrepende
mas na hora nos víamos como o mais esperto.