Coisas que eu gostaria de ter aprendido alguns anos mais jovem.
A gente sempre acha que tá certo
até que o contrário provem.
Mas algumas coisas que aprendi,
queria ter entendido uns 5 anos mais jovem.
Mas aí vai a primeira delas:
tudo acontece ao seu tempo,
e pior que isso é verdade.
Eu achava que era bobagem
até ter mais humildade
pra enxergar que não adianta
querer ter controle de tudo.
Às vezes vai ser depois do planejado,
às vezes vai ser antes.
Mas sempre vai ser como deveria
e isso está entre as lições mais importantes
pois sabendo dela você se livra
do peso da agonia de nunca achar
seu esforço suficiente.
Acordar é de fato um presente,
a segunda coisa é essa.
Pois esmagados com a rotina
a gente vive com pressa.
Tá sempre preocupado,
por melhor que esteja de vida.
E valorizar o milagre que é estar vivo
acaba sendo uma sensação esquecida.
Agradeça por estar vivo.
Mas não agradeça isso somente.
A terceira coisa que aprendi
é agradecer tudo que acontece com a gente.
As coisas boas, claro, é fácil.
Mas as ruins agradecer igual.
Pois tudo aquilo que nós passamos,
mesmo o que não é lá muito legal,
ensina lições importantes
e é daí que vem a maturidade.
Que as suas cicatrizes e machucados
sirvam pra te dar porções de verdade.
Saber que nem tudo são flores,
mas que dá pra ser feliz mesmo assim.
Encare essa vida como um meio
e não como se ela fosse o fim.
A quarta coisa que aprendi é que
independente da sua crença ou religião,
se acredita em céu ou não,
viva como se realmente existisse algo além.
Depois do seu último suspiro aqui,
imagine que existirá algo também.
Por que crer nisso, no mínimo,
nos dá um senso de hombridade.
Você vive tendo caráter, pois faz sentido a integridade.
Por que se você acreditar nisso e no fim não existir nada
pelo menos você não vai ter prejudicado
ninguém que cruzar pela sua jornada.
A quinta coisa que aprendi
é que a caridade nos transforma.
Assim como a gratidão,
é pro coração uma plataforma.
Caridade não é esmola,
caridade é disposição.
Ajudar quem mais precisa
com virtude e com paixão.
É descobrir que ser magnânimo
deveria ser uma obrigação.
E falando no senso do ânimo,
a sexta coisa que eu aprendi
é que muitas vezes na nossa vida
chorar é melhor do que sorrir.
Não ignore seus sentimentos,
ninguém é alegre o tempo inteiro.
Ficar triste e deixar a lágrima rolar
é pra nossa alma um chuveiro.
Te lava, limpa e purifica
e é bom usar com frequência.
Por isso que a minha dica é:
faça da tristeza uma experiência.
E pra finalizar
a sétima coisa é uma contradição.
Até aqui eu te falei
que tudo quanto foi lição
eu gostaria de ter entendido
uns cinco anos mais cedo.
Mas aí que está o meu erro,
vou te confessar um segredo:
que bom que eu não aprendi antes.
Que bom que errei muito até descobrir isso tudo.
Pois lembra da primeira lição?
“Tudo acontece ao seu tempo”?
Pois é. Da mesma forma os aprendizados.
Não adianta querer voltar, já não existe o passado.
Não adianta também viver na ilusão do futuro.
Isso é igual correr e bater de cara num muro.
Você só tem uma coisa: isso se chama presente.
Portanto, esqueça o ontem e o amanhã.
O que dá pra fazer agora?
Essa pergunta é a lição.
É uma chave que vale por mil.
E pra finalizar, um conselho:
não seja um imbecil.
Todo mundo está passando por problemas
portanto nunca mais seja hostil.
Em todos os dias da sua vida
encontre formas de ser gentil.
Essas coisas eu gostaria de ter aprendido mais jovem,
mas tem gente que não aprende nunca.
Então, a você que me escuta agora,
deixo apenas o desejo que você
seja um eterno aprendiz.
E se é que existe um segredo,
esse é o segredo pra ser feliz.
Paulinho Rahs
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