Eu passei grande parte da minha vida simplesmente frustrado. E isso fez eu ser muitas vezes rude, prepotente, explosivo ou ter qualquer outro comportamento nocivo e péssimo de se conviver. E sabe quem foi a pessoa que mais me frustrou? Eu mesmo.
Eu fiz muito mal a mim e a quem esteve próximo. Por essa razão, comecei a ter um sério problema de autoaceitação. Quem não se aceita, não tem como ser feliz. Quem é infeliz, acaba tendo atitudes mesquinhas. Foi por não me aceitar que por algum tempo eu fui uma péssima pessoa de se ter por perto.
Já falhei como amigo, já falhei como namorado, já falhei como filho. Já falhei com todas as pessoas e de todas as formas possíveis. Surpreendentemente, ainda assim tive pessoas que ficaram do meu lado, mesmo nem eu me aguentando. Por quem não desistiu de mim, resolvi melhorar.
Só que mesmo depois de eu resolver mudar e melhorar, prometer a mim mesmo uma revolução na minha própria vida, acabei errando mais algumas vezes. É fato, não é da noite pro dia que se transforma uma existência. Assim, comecei a respeitar o tempo.
Comecei a entender que é melhor dar passinhos de tartaruga sólidos do que fazer um estardalhaço, mudar tudo rápido demais e não conseguir manter a mudança. É melhor ir devagar, mas ir na direção certa.
Desde o dia em que eu aceitei que eu não sou tão bom quanto pensei que era, que eu já errei muito mais vezes que pude imaginar e que é melhor reconhecer os erros do que querer ser o dono da razão, finalmente eu parei de me sentir frustrado comigo mesmo.
Quando a gente aceita os erros com humildade, os acertos vem muito mais rápido. É que é errando que se aprende, mas eu errava sem querer aprender nada. Descobri que a pessoa que não está aprendendo, está só jogando o tempo fora. E remédio pra tempo perdido ainda não vende na farmácia.
Paulinho Rahs
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