Quanto tempo passou?
Sete anos ou sete dias.
Se bem que tanto faz.
A real é que não muda nada.
Não acredito mais em Papai Noel ou em fada,
ou em magia que me traga de volta
a tua companhia.

A real é que eu projetei em você
quem eu queria que você fosse
não quem você era.
Quem me dera que fosse como eu sonhei.
Mas tudo que imaginei foi apenas
uma miragem tola
nas margens do teu deserto.

Inventei uma verdade impossível
só pra ter você por perto.
Aquela música nunca fez tanto sentido.
Memórias tão reais do que nunca aconteceu.
E hoje olhando para uma foto amarelada
de um dia de anos atrás
a única coisa que me traz paz
é entender que não dava pra ser.

Eu quis, eu insisti.
Às vezes eu ainda insisto.
Quando vejo abri uma conversa,
digitei uma mensagem
e estou prestes a te enviar.
Ora, se eu me amar
uma pontinha do que te amei,
vou ter a decência de não clicar
no botão azul da tela.
Apagar tudo, te bloquear,
me libertar dessa cela.

Sobraram as memórias,
as minhas frustrações,
os meus desejos incríveis.
E também a certeza de que você
sempre será um daqueles
amores impossíveis.

Paulinho Rahs

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