Eu ando meio confuso, às vezes quase desisto.
Tem vezes que simplesmente sobreviver a mais um dia pra mim é uma vitória.
Tem sido tão difícil que considero uma conquista simplesmente não me entregar.
Até quando vou aguentar? Não sei. Mas enquanto eu puder, em frente seguirei.
–
Será que todo esforço vai valer a pena? Isso eu costumo me perguntar.
E a resposta eu não tenho. Mas essa questão não pode me paralisar.
Valendo a pena ou não, eu vou me esforçar.
Se não der em nada, ter dado o meu melhor é o que vale.
–
E do nada uma tristeza me abraça, de repente.
Não tem como fugir, não tem como me esconder.
Mas aprendi que abraçar essa tristeza é a melhor maneira
de fazer ela ir embora mais rápido.
Me permitir ficar triste às vezes foi o jeito que eu encontrei
pra conseguir ser mais feliz.
–
Às vezes a gente reclama do meio em que a gente vive.
O clima, a nossa cidade, os nossos parentes, a crise.
Tudo é motivo de desculpa. É mais fácil pensar que a culpa não é nossa.
Mas a minha vida se tornou muito melhor quando comecei a me sentir responsável por tudo acontece comigo.
É um caminho mais difícil, claro. Mas é incrivelmente libertador.
–
Dei mil chances. Quis acreditar, quis aceitar como fosse, quis pensar que poderia ser diferente.
Por fim, desisti. Tem gente que nunca muda.
Eu insisto muito. Mas quando desisto, é pra não insistir nunca mais.
–
Eu costumava reclamar de tudo que ainda não tinha. Da demora com que tudo vinha.
Um dia, comecei a agradecer pelo pouco que já era meu.
Adivinha se não foi depois disso que tudo começou a acontecer mais rápido?
Aprendi que a gratidão é uma chave poderosíssima.
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