(Texto inspirado na canção: A Mina – Capital Inicial)
Foi tanto e pouco, foi sempre e nunca. Já não há nada pra lhe dizer.
O tempo passou e todo mundo seguiu em frente. Até eu segui, cara. Os porta-retratos na minha casa mudaram suas fotos, as paredes do meu quarto mudaram de cor, a minha televisão mudou de canal. Só que você ficou estagnada, sufocada em pensamentos fúteis, afogada nesse mar de ilusões. Até o teu sentimento seguiu em frente: o amor que tu sentia foi embora pra longe, isso aí já se tornou outra coisa e me desculpa se sou o primeiro a te contar: é obsessão. Nosso tempo passou, eu encontrei outro alguém e é assim que vai ser. Quando vai ser possível isso se tornar claro no que sobrou da tua mente?
A luz te queima, a dor te cala. Curar feridas de um grande amor…
Vou te contar o problema de se ficar imóvel: a gente cria teia de aranha, mofo e mais um monte de coisas doentias e malignas. Rancor, mágoa, ódio. Por isso que o mundo gira e os dias vão embora: porque a vida é um vai e vem e simplesmente nada é pra sempre minha amiga.
A água seca, o sol se apaga, o mundo inteiro perdeu a cor.
Nos teus olhos é tudo preto e branco, são invariáveis tons de um cinza apático. Aquele tempo que foi bom não existe mais. Todo mundo têm um dia perfeito, uma semana mágica, um mês especial. É um pena, querida, mas a gente não consegue viver lá. Resta apenas sentar e apreciar a vista nesse desconfortável carrinho na montanha russa da nossa vida. Se a subida está tranquila, só espera o frio na barriga da próxima vez que for hora de despencar…
Não tem segredo se é tudo escuro e nem o fogo pode te aquecer.
A dúvida é o preço da pureza e é inútil ter certeza – e me desculpa se estou confundindo as canções – só que agora é a tua hora de cantar uma boa nova. Teu problema é o mesmo da maioria das pessoas como nós: Ter tudo de bandeja, de oportunidade à condição de conseguir, ter saúde e uma vida que pode ser linda. Mas acontece que a vida continua mas você não vê que ainda existe muita coisa pra viver. O medo do futuro vai fazer nascer a mina de respostas…
Paulinho Rahs
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