E aí tu vens e me pergunta: o que é o Grêmio pra ti?
Ah, isso é fácil de responder.
Quer dizer, peraí: não sei se tu vais entender…

Meu gremismo está em tudo. Basta abrir os olhos e ver.
Vem do meu pai, do meu avô. Dos amigos que fiz na cancha.
Vai ficar para os meus filhos.
É o Grêmio que define o humor da minha semana.
Foi com ele que vivi os momentos mais intensos da minha vida.
Alegrias, tristezas. Na Arena ou no Velho Monumental,
repito uma antiga frase que eu via lá na Geral: Aqui vivi loucuras.



O Grêmio que me faz cantar, pulsar, transcender.
É como diz o ditado: O Grêmio me obriga a beber.
Mas brincadeiras à parte, fica difícil de dizer.
É tão simples, mas palavras não explicam.
É amor, mas parece pouco pra definir.
Tatuei as cores na minha pele.
Deixo a vida inteira de lado num domingo qualquer.
Como cantamos: “eu te dou a vida.”
Mas falando assim, ainda parece pouco.

No fim, tá tudo tranquilo, mesmo que tu não entendas,
as nossas músicas – poesia de mais alto escalão – chegam numa melhor de definição:
um sentimento. Não trate de entendê-lo.

Parabéns, meu Grêmio, pelos 121 anos de glória.


Ah, e se me perguntarem de novo o que é o Grêmio pra mim, acho que só responderei:
a maior loucura da minha vida.

Paulinho Rahs