Nós amamos o futebol e veneramos essa camisa por causa da história.
E é claro: por cada nova história que vai sendo escrita ano após ano.

Todo conto e toda fábula trazem encanto por terem início, meio e fim.
Envolvem mais ainda porque nunca são tão fáceis. Quando algo foi fácil pra nós?

O princípio da jornada que trouxe dúvidas, encheu de perguntas sobre a chance de sucesso.
Saímos derrotados, fomos questionados, muitos disseram que dessa vez não ia dar certo.

Porém, a gente seguiu. Confiamos no comandante que guiava o barco em águas agitadas.
Acreditamos nos jogadores que vestiam as nossas cores.
Outros chegaram para ajudar.
Para se trajarem de camisa tricolor e honrarem este escudo com, no mínimo, a certeza de entregar tudo dentro de campo.

E a gente perseverou. Mesmo quando tudo apontava que dessa vez a conquista não era nossa.
O favoritismo não nos coube.
Os ventos indicavam outros vencedores.
As cartas não nos favoreciam.

Mas e daí? Se no meio do caminho até mesmo o maior adversário triunfou na nossa frente.
Se perdemos guerreiros em uma ou outra batalha.
Se perto e longe se dizia que não tínhamos o suficiente para sairmos ganhadores.

Quando a hora de decidir chegou, mostramos quem somos de verdade.
Quando não se podia mais perder, a gente foi lá e venceu.

Ao chegar na última das batalhas, confirmamos que os prognósticos de nada servem.

Pois isso aqui é futebol. E este é o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense.

Se o objeto da disputa for uma copa, a gente copa – assim mesmo, transformando substantivo em verbo.
E hoje podemos dizer de peito erguido e voz postada:

O Grêmio é Heptacampeão gaúcho.


Paulinho Rahs