O preço que se paga quando a gente espera
que a outra pessoa tenha a mesma consideração
é alto e pode deixar uma dívida no nosso coração.

Mas o problema nisso tudo é esperar demais
por quem talvez nunca será capaz
de retribuir na mesma intensidade.
Quem é intenso de verdade
se entrega sem pensar na expectativa
e vive pela tentativa
de fazer bem a quem se gosta.

O que eu aprendi no curso da vida
foi deixar a minha mão estendida
e parar de pensar na retribuição.

É que eu não sei ser diferente:
faço só o bem a quem vejo pela frente
mesmo que essa pessoa jamais faria o mesmo por mim.

Eu acredito que ser assim,
embora às vezes me deixe machucado,
é o que tem me guiado
e vez que outra me trazido boas surpresas.

Meu jogo é de cartas na mesa
e não de cartas na manga.
E em vez de “chorar as pitangas”
optei por ter um olhar de compaixão.
Pois mesmo que não retribuam o meu carinho
estou sendo fiel ao meu coração.

Paulinho Rahs

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