Ser gremista é entender que o peso dessa camisa vem de batalhas e mística.
É ser apaixonado pela riqueza da história e ter a certeza de que o passado continua vivo sempre que as três cores sagradas voltam a entrar em campo.

O Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense é tido como imortal por um fato bem simples – embora impossível de se tentar plagiar: é que sempre que o Tricolor de Porto Alegre joga, não são apenas os 11 atletas em campo que vão definir o resultado.

Existe algo maior. Misterioso, enigmático, inexplicável, místico.
Definimos como Imortalidade por falta de qualquer outro adjetivo que se possa qualificar.

Sim, ela existe. E temos provas para evidenciar.
Tokyo, 1983.
Medellín, 1995.
Lánus, 2017.
Aflitos, 2005.
Só para dizer algumas.

E quando o assunto é Copa Libertadores, aí nosso indecifrável aflora mais.

La Plata, na Argentina, faz parte do mistério.

Em 83, com uma guerra de pano de fundo, vivemos a violência impune e saímos com um empate em um jogo onde o adversário teve 4 jogadores expulsos.
Depois dali, o Estudiantes dependeria apenas de si para avançar pra final.
Quem avançou foi o Grêmio. Como explicar?

Em 2018, eles nos venceram na Argentina. E eliminavam a gente até o último minuto na frente de uma Arena lotada.
Até a falta de Luan, o desvio de Alisson. Explosão. Sem dúvida. Explicação? Bem…

Agora nos reencontramos para mais uma batalha épica.
O Grêmio simplesmente não pode perder em La Plata.
O momento não é o melhor. A desconfiança anda rondando. As estatísticas não favorecem.

Mas eu nem preciso te explicar por que a gente acredita, né?

Ser gremista é entender que o peso dessa camisa vem de batalhas e mística.
Que venha então, mais uma, Batalha de La Plata.

Paulinho Rahs