Naquela tarde eu me sentia completamente vazio. Sozinho no mundo, omisso a tudo. Um vampiro em frente ao espelho. Por que será? Nada parecia valer a pena, o céu estava nublado e eu arrependido. Uma necessidade monstruosa de pedir desculpas a todos que feri com minha falta de sensibilidade. Parecia que a tristeza passou o tempo parada esperando por esse dia. Desde então nada foi mais do mesmo jeito e agora, até as paredes do meu quarto riem da minha cara. Ainda ouço barulho de trovões numa ironia tão grande, que quando a chuva chegar já nem terei lágrimas para molhar meu rosto. Continuar lendo “Morbidez” →